Cuidado e higiene com as crianças evitam DMPB

15 de novembro de 2023
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A doença mão-pé-boca (DMPB) é causada por vírus e vem se espalhando, principalmente, no ambiente escolar. Saiba quais os sintomas e como evitar o contágio.

Nas últimas semanas as secretarias de saúde e de educação de diversos estados e municípios registraram um aumento das notificações de surtos de Síndrome Mão-Pé-Boca em escolas de educação infantil.

A doença é uma infecção contagiosa causada por um enterovírus e é muito comum em crianças, especialmente nas menores de cinco anos, podendo provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa bucal).

Embora haja a possibilidade de acometimento em adultos, é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade (mais frequente dos 6 meses a 3 anos). Caracteriza-se por lesões na cavidade oral e erupções nas mãos e pés.

A doença mão-pé-boca geralmente provoca:

  • Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões.
  • Aparecimento na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas.
  • Erupção de pequenas vesículas, em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés e, ocasionalmente, nas nádegas e na região genital – geralmente as vesículas da doença típica são benignas e de curta duração.
  • Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia.
  • Dificuldade de deglutição e excesso de salivação, devido a dor.

A transmissão ocorre pela via fecal/oral, através do contato direto entre os indivíduos, ou com as fezes, saliva e outras secreções, bem como através de alimentos compartilhados.

O período de maior transmissão ocorre durante a primeira semana da doença. Entretanto, indivíduos podem algumas vezes permanecer infectantes por semanas após os sintomas desaparecerem.

E, mesmo depois da recuperação do indivíduo, o vírus pode ser transmitido pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.

O diagnóstico em geral é clínico, sem necessidade de exames laboratoriais na maioria das vezes. É fundamental estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que também provocam estomatites aftosas ou vesículas na pele, o que inclui a estomatite aftosa, varicela, sarampo e outras doenças.

Não existe vacina contra a enfermidade mão-pé-boca. Geralmente, como ocorre com outras infecções por vírus, o sintomas regridem espontaneamente após alguns dias.  Raramente um indivíduo infectado desenvolve meningite viral e pode necessitar ser hospitalizado por alguns dias.

Outras complicações ainda mais raras incluem paralisia similar a poliomielite ou encefalite, que podem ser fatais. Desta forma, na maior parte dos casos, tratam-se apenas os sintomas.

Outros medicamentos, como antivirais, só são utilizados nos casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, faça ingestão frequente de líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.

Nem sempre a infecção provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões parecidas com aftas na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são os sintomas predominantes.

A recomendação é manter a pessoa afastada para evitar o contágio em outras, especialmente com crianças em ambiente escolar. Outros cuidados são:

  • Lavagem das mãos antes e depois de lidar com a criança doente ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois de curada.
  • Evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar).
  • Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir.
  • Manter um nível adequado de higienização da casa, das creches e das escolas.
  • Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos.
  • Lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes, com água e sabão e, após, desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa).
  • Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas.
  • Desinfetar frequentemente superfícies e objetos que foram manuseados, tais como brinquedos ou maçanetas, especialmente, se alguém estiver doente.

Fique atento e se notar qualquer sinal da doença, busque ajuda e orientação. Para isso, você pode contar com os serviços DANAMED.

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