Endometriose: um tema que merece atenção na saúde da mulher
A campanha Março Amarelo é destinada à conscientização necessária para a prevenção, diagnóstico e tratamento da endometriose. Um problema de saúde feminina que não tem cura, mas pode e deve ser tratado.
O mês de março é o mês da mulher e nada mais coerente que a campanha de saúde seja focada no público feminino. O Março Amarelo é dedicado à conscientização da população sobre a importância de realizar exames preventivos que ajudem a identificar a endometriose, permitindo desenvolver um tratamento precoce e melhor qualidade de vida da mulher.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, estima-se que 8 milhões de mulheres tenham endometriose no Brasil. Isso equivale dizer que uma em cada 10 mulheres em idade reprodutiva apresentam algum tipo de endometriose.
Esse é um problema sério, ainda mais se considerarmos que o sexo feminino representa, aproximadamente, 51,6% da população total do nosso país.
A endometriose é uma condição na qual o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce em outras regiões do corpo. Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação.
Nas mulheres que sofrem de endometriose, algumas dessas células do endométrio, ao invés de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, tornando a multiplicar-se e a sangrar.
Em alguns casos, as células do endométrio também podem se espalhar e crescer em outras partes do corpo, como no intestino, no reto, na bexiga, no peritônio e até mesmo em órgãos distantes, como o pulmão e o cérebro.
É importante destacar que a doença se espalhar em outras regiões não é sinal de agravamento. A explicação para o fenômeno é simples: embora a grande parte dos episódios seja causado pela migração das células nas proximidades do útero, em algumas situações os focos são transportados diretamente pelo sangue, afetando essas e outras partes do corpo.
O sintoma mais comum é a cólica menstrual, porém as dores podem ser provocadas por outras inflamações na pelve, cistos, miomas e alguns tumores.
Quando uma mulher se queixa de dor, mesmo em graus mais leves, é importante que ela consulte um médico e que este profissional investigue a possibilidade de endometriose. Outros sintomas comuns são:
- Dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação;
- Dor durante as relações sexuais;
- Dificuldade de engravidar.
Se outras áreas ou órgãos forem afetados, há certos sintomas que podem aparecer, de acordo com a área acometida, tais como:
- Nervo ciático: dores na lombar e no músculo posterior das coxas;
- Intestino: dor ao evacuar e diarreia;
- Pulmão: tosse com sangue.
Existem mulheres em que a endometriose é assintomática e, nesses casos, a doença também precisa de tratamento, mas só será diagnosticada por exames de imagem e de rotina.
Importante: a única forma de identificar a doença é a realização de exames preventivos periódicos. Para um diagnóstico correto e o tratamento precoce sempre consulte um ginecologista, principalmente, se apresentar os sintomas descritos.
Nenhuma mulher precisa sofrer com dores e desconfortos. Cuide-se e viva mais e melhor!