Otorrinolaringologia: boa palavra para um jogo de “forca”

É uma palavra longa e complicada, mas é muito mais que isso. Essa é uma especialização da medicina que cuida de três dos nossos cinco sentidos, audição, olfato e paladar, além de preservar funções importantes do nosso organismo.

Muita gente, com certeza, usaria esta palavra para derrotar seus colegas ou familiares num jogo de forca, aquela brincadeira em que o participante deve adivinhar letra por letra a palavra representada no quadro negro da escola ou nas folhas do caderno.

Mas a otorrinolaringologia é muito mais que isso. É uma área da medicina que cuida da boa saúde das estruturas da face por onde respiramos, nos alimentamos e ouvimos.

O otorrinolaringologista é o médico especializado no diagnóstico e tratamento, clínico e cirúrgico, das doenças dos ouvidos, nariz, garganta, laringe e pescoço, atendendo desde uma simples dor de garganta ou ouvido até problemas de saúde mais complexos, como tumores cerebrais e nasais.

Mas a atuação deste especialista vai muito além do tratamento de doenças. Ele não apenas cuida de problemas como infecções, inflamações e dores, mas é capacitado para corrigir problemas que dificultam nossa respiração, audição ou deglutição, com intervenções para corrigir problema estéticos e funcionais do nariz, realizar tratamentos dos distúrbios do sono e de alterações esqueléticas da face.

Em geral, adultos entre 20 e 50 anos pouco buscam o auxílio de um otorrinolaringologista, sendo mais comum o atendimento a crianças, que costumam apresentar muitas infecções nos primeiros anos de vida, ou pessoas mais idosos – que têm a  indicação de procurar orientação na área Otológica (área da otorrinolaringologia que trata dos problemas do aparelho auditivo), quando há maior incidência de problemas nas estruturas do ouvido.

No entanto, existe alguns casos onde o acompanhamento deste profissional é muito importante, como, por exemplo, em indivíduos fumantes, que devem realizar exames constantes para avaliar a laringe e realização de exames para identificar possíveis indicativos de câncer na boca e garganta.

Os sinais mais comuns deste tipo de câncer são o surgimento de nódulos no pescoço, dificuldade para engolir e perda de peso inexplicável, todos indícios da existência de um tumor.

A garganta, assim como a boca, participa da respiração, fala, alimentação e deglutição, contendo vários tipos de células e tecidos nos quais diferentes tipos de tumores podem se desenvolver, mas que podem ser mais facilmente curados quando identificados em sua fase inicial, com índices de 90% nestes casos.

Alguns outros sinais de alerta que requerem a busca dos serviços do otorrinolaringologista são: rouquidão (disfonia), ronco, dor de ouvido, dor de garganta, sangramento no ouvido, tontura, zumbido, secreção no ouvido (otorreia), dificuldade auditiva/surdez, sangramento nasal, dor na face, dor de cabeça (cefaleia), obstrução nasal, visão embaçada ou escurecida, alergia das vias respiratórias, tosse e pigarros.

Realizar exames pelo menos uma vez ao ano, permite identificar problemas e indicar soluções eficazes, evitando complicações como dor de garganta frequente, crises alérgicas, dores no ouvido ou até mesmo, uma simples limpeza da região interna do ouvido.

Sua respiração, paladar e audição agradecem a atenção dispensada e com certeza retribuirão esse carinho e cuidados!