Hérnia de disco – O que é e como evitar?

10 de novembro de 2022
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A hérnia de disco é uma lesão que ocorre com mais frequência na região lombar. Essa doença é a que mais provoca dores nas costas e alterações de sensibilidade para coxa, perna e pé. Aproximadamente 80% das pessoas vão experimentar a dor lombar em algum momento de suas vidas.

Hérnia de disco é o deslocamento do disco intervertebral, estrutura cartilaginosa da coluna. As hérnias ocorrem em consequência do desgaste e da fragilidade do disco intervertebral.

Os discos intervertebrais são pequenas estruturas cartilaginosas da coluna vertebral. Eles estão dispostos em toda a extensão da coluna (cervical, torácica e lombar), separando as vértebras. As principais funções são amortecimento de carga e mobilidade da coluna.

A maior parte das hérnias de disco ocorre em decorrência do envelhecimento dessa cartilagem. Isso provoca enfraquecimento e rompimento da camada externa do disco, fazendo com que parte do seu conteúdo central seja expelido (chamada de hérnia de disco).

Hérnias de disco podem ser assintomáticas ou gerar sintomas. As hérnias mais dolorosas são aquelas que promovem compressão da raiz nervosa.

Os sintomas podem variar de acordo com cada a região coluna:

Quando na região cervical podem surgir dor no pescoço, dor na escápula, no ombro e no braço, formigamento e dormência no braço e na mão, fraqueza do braço e da mão ou fraqueza dos 4 membros (casos mais graves).

Se a área comprometida está na parte torácica os sintomas mais comuns são a dor no meio das costas, dor irradiada para as costelas, formigamento na região das costelas ou fraqueza das pernas (casos mais graves).

Se a hérnia atingir os discos intervertebrais da lombar poderá gerar dor na parte inferior da coluna, dor na nádega, coxa, perna e pé, cãibras na perna, formigamento e dormência na perna e pé, fraqueza da perna e pé ou perda de controle esfincteriano (casos graves).

A dor ciática típica se inicia na região lombar baixa e irradia para glúteo, coxa, perna e pé.

O diagnóstico clínico é feito a partir do exame físico, onde o médico especialista em coluna busca reproduzir sintomas da compressão neural, além de testar funções neurológicas.

Avalia-se, também, a sensibilidade, força motora e reflexos. As manobras mais utilizadas são os testes de elevação do membro inferior (ou Lasègue) para compressões lombares e de Spurling para compressões cervicais.

Quando há suspeita clínica de hérnia de disco, a confirmação diagnóstica é feita por meio de ressonância magnética (RM).  Se houver contraindicação para ressonância magnética (ex. pacientes com marca-passo), pode-se utilizar tomografia computadorizada. Radiografias simples auxiliam na detecção de problemas adicionais como espondilolistese e escoliose.

Em algumas situações clínicas específicas pode ser indicado eletroneuromiografia, exame que avalia condução nervosa dos braços e pernas.

Tratamentos das hérnias de disco

A cirurgia é indicada em apenas 10% dos casos de hérnia de disco. A maioria dos casos são tratados com medicamentos e fisioterapia. Muitos pacientes não se queixam de sintomas de hérnia de disco e descobrem o problema acidentalmente ao fazerem exames de imagem por outros motivos. Nessas situações, não há necessidade de tratamento específico para o problema.

Os pacientes submetidos a cirurgia de hérnia de disco podem andar no mesmo dia da cirurgia. O tempo de internação hospitalar médio é de um dia. Retorno ao trabalho, caminhadas e atividades cotidianas ocorre após 7 dias. Atividades esportivas são liberadas no intervalo entre 45 dias e três meses, dependendo do tipo de cirurgia necessária.

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