Acne: um medo a flor da pele!

14 de julho de 2023
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Terror para os adolescentes, a acne é uma reação da nossa epiderme e pode ser evitada. Saiba como tratar desse problema.

Caracterizada por cravos e espinhas resultantes de um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos, a acne é uma doença bastante comum a partir da adolescência, principalmente quando a área atingida é o rosto.

Essas inflamações são bastante comuns a partir da puberdade e, embora a região da face e pescoço sejam as mais comuns, esse incomôdo pode aparecer no peito, costas, gluteos, região das virilhas e nas axilas.

A manifestação da acne está diretamente ligada ao comportamento de hormônios sexuais masculinos ou andrógenos, produzidos tanto em homens quanto em mulheres. Como durante a adolescência os níveis hormonais estão bastante acelerados, isso provoca aumento da produção de gordura pelas glândulas sebáceas da pele, fazendo com que a doença seja muito comum na puberdade, mas não exclusivo desta fase, podendo atingir jovens e adultos com mais de 40 anos.

As glândulas sebáceas são conectadas aos folículos pilosos e produzem uma substância oleaginosa (sebo) que alcança a superfície da pele após seu esvaziamento através de uma abertura do folículo piloso.

Essa substância estimula as células da parede interna do folículo que, então, desprendem-se mais rapidamente e se agrupam formando um “tampão” na superfície da pele, formando os conhecidos “cravos”. Posteriormente , há crescimento bacteriano no interior do folículo, com consequente inflamação local e acúmulo de pus na lesão, provocando as chamadas “espinhas”.

É uma reação do nosso organismo que, geralmente, não causa grandes problemas, exceto pela dor local e na aparência, sendo que raramente requer o auxílio de um médico dermatológista ou tratamento medicamentoso. Algumas situações mais agudas ou persistentes, podem requerer atenção médica e, se não tratadas adequadamente, podem deixar cicatrizes.

Os sintomas da acne variam de acordo com cada pessoa e, na maioria das vezes, são de pequena a média intensidade e podem ocasionar:  

  • Comedões (cravos): causados pelo entupimento da saída dos folículos pilosos com sebo.
  • Pápulas: pequenas lesões sólidas elevadas, arredondadas, endurecidas e avermelhadas.
  • Pústulas: são as pápulas que contém pus, as famosas “espinhas”.
  • Nódulos e cistos: lesões maiores que as pápulas e pústulas, se tornam inflamados e expandem-se por camadas mais profundas da pele, podendo ser dolorosos e deixar cicatrizes.
  • Existem vários tratamentos para acne. Uma consulta com um dermatologista é sempre indicada para se saber qual a melhor opção para cada caso. O mais importante é nunca espremer as lesões! Ao espremer cravos e espinhas, há o risco de inflamação local e cicatrizes.

O tratamento varia de acordo com a gravidade do caso e o tipo de pele. Isso pode variar e o médico dermatologista poderá recomendar apenas a aplicação de cremes ou loções no local inflamado, até antibióticos para reduzir a quantidade de bactérias contidas no interior dos folículos e medicamentos que reduzem os efeitos de hormônios masculinos.

Independentemente do tratamento definido pelo profissional de saúde, alguns cuidados com a pele são sempre recomendados, tais como higienização da pele, remoção diária da maquiagem, uso de produtos sem óleo (oil free) ou não comedogênicos, que são aqueles que não entopem os poros – esse cuidado inclui a escolha do protetor solar.

Outros procedimentos preventivos são cuidar da sua alimentação, com uma dieta balanceada e rica em fibras e pouca gordura, além da boa hidratação, hábitos que ajudam na saúde da pele e de todo o corpo.

Alimentar-se de forma saudável e a boa hidratação colabora para a saúde de vários órgãos e tecidos, inclusive a pele, deixando-a mais viçosa e hidratada.