Doação de órgãos: sua decisão hoje pode salvar vidas amanhã

3 de outubro de 2023
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Doação de órgãos é uma escolha feita em vida que deve ser comunicada enfaticamente aos familiares, que serão os responsáveis pela autorização no futuro. Entenda como se tornar um doador e fazer valer sua decisão de salvar vidas.

A conscientização e o incentivo à doação de órgãos é um desafio recorrente. Saber mais sobre o ato de doar órgãos pode salvar vidas, além de ser um pilar importante nesse processo e que precisa ser difundida.

Com a recente divulgação na grande mídia do caso do apresentador Fausto Silva, que necessitou fazer um transplante de coração, a escassez de órgãos foi exposta pelas autoridades médicas, situação causada em grande parte pela demora na autorização ou recusa dos familiares em permitir a extração de órgãos para transplantes.

Órgãos como rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão ou tecidos, como córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical, podem salvar diversas vidas, sendo que a doação de rim, parte do fígado ou da medula óssea pode ser feita entre vivos, desde que sejam cumpridas algumas exigências, sendo a principal delas a gratuidade, ou seja, não pode haver comércio do órgão a ser doado.

As doações de órgãos só acontecem após uma série de processos e protocolos de segurança, incluindo o diagnóstico de morte encefálica, a avaliação dos órgãos de modo a afastar doenças infecciosas, além da realização de exames de compatibilidade com prováveis receptores.

No Brasil, mais de 66 mil pessoas aguardam na fila de transplantes, no entanto, a retirada de órgãos só é efetuada mediante autorização familiar. Assim, mesmo que alguém tenha expressado o desejo de ser doador em vida, a doação só ocorre se a família concordar.

É bastante compreensível que os familiares impactados pela perda do ente querido não considerem a urgência que existe na retirada dos órgãos, já que existe um intervalo exíguo de tempo para que esses órgãos ou tecidos sejam retirados e transferidos para o paciente que os aguarda.

Assim, a família é de extrema importância para que a escassez de doadores seja reduzida e a fila de pessoas que aguardam por um transplante diminua. É essencial que a sociedade compreenda e compartilhe a relevância da doação de órgãos e, apesar de ser um momento delicado pela dor da perda, a família possa dizer ‘sim’, dando a oportunidade da realização da doação e devolvendo a vida ou a qualidade de vida àqueles que esperam.

Nos ajude a divulgar a importância da doação de órgãos e não se esqueça que é importante declarar a intenção de ser um doador aos familiares, que só ocorrerá se consentida e autorizada pela família. Por isso é preciso avisar os familiares anteriormente sobre o desejo de doar, que representa a chance de vida para outras pessoas.