Remédios para dormir: quais os riscos a curto, médio e longo prazo?

13 de setembro de 2022
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É uma pílula para dormir melhor. Engano! Remédios para insônia podem ter vários efeitos colaterais, principalmente quando utilizados sem a recomendação médica ou de forma indevida. Saiba mais sobre os riscos destes “remedinhos”.

Todo mundo já teve uma noite difícil por conta da insônia. Ficar revirando na cama, pensando nos problemas ou esperando o sono chegar se tornou a realidade de muitos brasileiros, principalmente durante a pandemia.

E depois de passar dias sem conseguir dormir adequadamente é possível a pessoa buscar por remédios para resolver o problema. O resultado disto é que aumentou muito o consumo de medicamentos para dormir nos últimos anos, inclusive a automedicação, independentemente da idade e sexo. Porém, esse tipo de medicamento contém substâncias controladas e é indicado para uso por um período limitado de tempo, e por isso, precisam de acompanhamento médico.

Essa orientação clínica profissional é importante, pois, inicialmente os remédios fazem efeito, mas depois de um tempo sendo tomados indiscriminadamente o corpo cria resistência às substâncias utilizadas no medicamento, deixando de agir corretamente. O organismo fica dependente das substâncias e o que era uma medicação pode ser tornar um vício e criar dependência e reações adversas na sua falta.

Outro risco dessa adaptação do organismo é que com a percepção da redução na eficácia e a volta da insônia e da agitação. A pessoa pode aumentar a quantidade ingerida por conta própria e existem riscos.

Só uma médica/um médico pode prescrever o remédio certo para cada caso, dosagem, tempo de tratamento e a forma de uso de uso adequada. E também vai investigar a real causa da insônia e indicar o tratamento adequado. Assim que o problema for resolvido, a medicação poderá ser retirada.

Além dos problemas com o uso a médio e longo prazo, quem toma medicamentos para dormir pode sofrer efeitos negativos logo nos primeiros dias, como sonolência durante o dia, reflexos mais lentos, reação alérgica e atividade mental prejudicada. Em idosos o perigo é ainda maior, pois os efeitos podem ocasionar quedas e fraturas ósseas, problemas que trazem riscos graves na terceira idade.

Mais uma informação. A vida social não poderá ser normal durante o consumo destes medicamentos. A combinação de alguns remédios para dormir com o álcool é capaz de potencializar o efeito de um dos dois ou de ambos. Por essa razão, o consumo deve ser feito de forma bastante responsável.

As substâncias das pílulas são fortes. Por isso, o médico precisa avaliar se o paciente tem algum problema de saúde que possa ser agravado pelos efeitos colaterais ou se toma algum outro medicamento que possa interagir negativamente com o medicamento receitado. Mais uma razão para não se automedicar.

É importante ressaltar que quase todos os remédios para dormir e os calmantes são medicamentos fortes e controlados, os chamados tarja vermelha ou preta, e seu consumo não pode ser feito sem a prescrição e o acompanhamento de um médico.

Se você não consegue adormecer, no lugar de ingerir comprimidos, tente relaxar e adotar atitudes que vão afastar a insônia do seu dia a dia. Se mesmo assim ela persistir, procure um especialista para fazer o tratamento correto.

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