Prevenção é o principal fator de manutenção da saúde

24 de outubro de 2020
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Com base na análise dos resultados de 10 anos de estudos efetuados em beneficiários de planos de saúde, foi comprovada a menor incidência de fatores de risco e maior proteção contra doenças em pessoas que são mais ativas no tempo livre e possuem bons hábitos alimentares. Confira e inspire-se!

A afirmação do título é do IESS – Instituto de Estudos de Saúde Complementar *, e foi baseada nos dados de beneficiários de planos de saúde residentes das capitais de todos os estados brasileiros, mais o Distrito Federal, coletados entre o período 2008-2018, extraídas da pesquisa Vigitel Saúde Suplementar – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico.

Esta pesquisa é realizada todos os anos pelo Ministério da Saúde e traz informações sobre a saúde dos brasileiros como obesidade, diabetes, nível de atividade física, consumo de produtos industrializados e outros. Principal pesquisa sobre saúde no país, a Vigitel mede os fatores de risco e de proteção para DCNTDoenças Crônicas Não Transmissíveis, como diabetes, cânceres, obesidade, doenças respiratórias e relacionadas ao coração, principais causas de mortes no país.

O inquérito telefônico aborda questões sobre hábitos alimentares (consumo de frutas e hortaliças) e estilo de vida (prática de atividade física, tabagismo e consumo de bebidas alcóolicas), além de investigar a frequência e o diagnóstico médico de hipertensão arterial e diabetes, bem como a frequência na realização de exames específicos para mulheres, como mamografia e de Papanicolau.

Segundo as análises do IESS, entre 2008 e 2018, beneficiários de planos de saúde apresentaram tendência de redução de fatores de risco como consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana (de 26,1% para 12,6%) e tabagismo (12,4% para 6,9%). Em contrapartida, observou-se aumento de beneficiários com diabetes (5,8% para 6,9%), excesso de peso (46,5% para 56,3%) e obesidade (12,5% para 19,6%). Veja quais são as principais conclusões e percentuais da análise do Instituto:

Sabe-se que as DCNT são a principal causa de morte na maioria dos países do mundo e no Brasil. Em 2013, segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 72,6% de todas as mortes no Brasil podiam ser atribuídas a doenças não transmissíveis, com índice de 79,4% devidas a doenças cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus.

Além disso, os indivíduos doentes tendem a procurar mais os serviços de saúde, têm perda da qualidade de vida, limitações no trabalho e reduzem suas atividades de lazer.

As principais lições extraídas deste estudo apontam para as seguintes necessidades:

  • Reduzir o percentual de beneficiários de planos de saúde com excesso de peso e obesidade.
  • Reforçar a importância da realização do exame de citologia oncótica (Papanicolau) para as mulheres.
  • Estimular a promoção da saúde por meio de práticas de atividades físicas para todos seus beneficiários. Menos da metade dos beneficiários entrevistados praticavam atividade física em seu tempo livre e a combinação de maus hábitos alimentares e a falta de exercício físico estão relacionados a frequências mais altas de doenças crônicas na população – resultados observados na proporção de pessoas com sobrepeso e obesidade por exemplo.

Esses resultados acenam para a importância de se conferir prioridade às políticas de promoção da saúde e prevenção de doenças por parte das operadoras de planos de saúde do sistema de saúde suplementar.

Como providências importantes a serem adotadas pelos planos de saúde o estudo recomenda:

  • Aumentar investimentos em ambientes que auxiliem os indivíduos a praticarem atividade física de forma recomendada.
  • Esclarecer a importância dos hábitos de vida mais saudáveis e educar mostrando as consequências de maus hábitos.
  • Incentivar as rotinas de prevenção de doenças.
  • Ressaltar os efeitos positivos imediatos na saúde com impactos no envelhecimento/ longevidade saudável.
  • Auxiliar aos que desejam adotar hábitos saudáveis a efetivamente conseguir mudar e se manter fiel aos novos hábitos.
  • Reforçar a importância do envolvimento do público na formulação de políticas voltadas para a adoção de hábitos saudáveis.

A Danamed já está engajada nestas novas práticas, com ações de medicina preventiva e campanhas de divulgação de práticas de saúde.

Saúde: vamos cuidar juntos!

 

 

 

 

 

 

* O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos de aspectos conceituais e técnicos que sirvam de embasamento para implementação de políticas e introdução de melhores práticas voltadas para a saúde suplementar. https://iess.org.br/

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