Porque a gestante sente desejos?

23 de abril de 2025
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Durante a gravidez algumas mulheres sentem vontade de comer coisas diferentes. Essa é uma fase bastante comum e pode ter origem em alterações hormonais e fatores emocionais. Descubra!

Você já deve ter ouvido falar de gestantes que tiveram desejo de comer coisas diferentes e pouco usuais ou que acordaram na madrugada com vontade incontrolável de comer alguma coisa. Afinal, desejos por comidas específicas na gestação realmente existem? Se sim, qual a razão desse comportamento?

Durante a gravidez algumas mulheres sentem vontade de comer coisas diferentes. Algumas são doces, outras tomates ou uvas, e tem até aquelas que sentem desejos pouco habituais, como ovo frito com leite condensado ou feijão com pasta de amendoim.

Saiba que isso pode ter origem nas alterações hormonais causada pela gravidez e fatores emocionais. Cerca de 75% das mulheres que já deram à luz confirmam ter sentido vontade por alguma comida específica durante a gravidez. E não tem nada de extravagante nesses desejos.

Essa é uma reação normal e que, em geral, ocorre a partir da 12ª semana de gestação. Nesse período o controle dos hormônios deixa de ser feito pelos ovários e passa para a placenta, e as características do estrogênio, por exemplo, mudam.

Isso leva à oscilação de humor e também da sensibilidade ao paladar, cheiro e preferências alimentares. Ou seja, a mulher grávida pode querer comer algo que não era habitual em sua dieta ou passar a rejeitar alguns alimentos.

Outro fator que interfere no comportamento da gestante é o emocional, que também pode gerar desejos. Essas alterações hormonais podem deixar a mulher mais sensível e pode gerar a vontade de comer determinado alimento como forma de atrair a atenção das pessoas ao seu redor, em especial de familiares ou do companheiro.

Esse comportamento não é premeditado, mas uma atitude inconsciente e, ao ter seu desejo atendido, a grávida se sente acolhida.

Entretanto, apesar de todas as gestantes estarem expostas aos mesmos hormônios, cada uma reagirá de uma forma particular a essas alterações hormonais e de comportamento.

Outra explicação para os desejos durante a gestação são os enjoos. Para algumas mulheres, frutas ácidas, como abacaxi, kiwi, laranja e limão, e alimentos gelados, como picolés e bebidas com muito gelo, amenizam o mal-estar, principalmente, no começo da gravidez.

Existe ainda uma outra situação um tanto quanto inusitada que é o desejo de comer terra, tijolo ou barro. Esse não é um desejo e sim uma síndrome chamada picamalácia, que é o desejo por substâncias não alimentícias, ou seja: a vontade de ingerir materiais estranhos.

Algumas teorias afirmam que essa síndrome é uma ação inconsciente da gestante para corrigir deficiências nutritivas. Outros estudiosos atribuem o fato à deficiência de ferro no organismo da mãe.

Independentemente das possíveis explicações, é importante expor o caso ao médico obstetra, que, se necessário, poderá orientar as correções na nutrição, seja pela ingestão de determinados alimentos ou suplementação vitâminica.

De qualquer forma, não existe razão para preocupações, essa patologia é incomum e nada tem a ver com os desejos de cardápios diferentes.

O melhor a fazer quando a grávida insiste em pedir algum alimento, mesmo que estranho, é atender a vontade, evitando desgastes emocionais e fazendo com que a futura mãe se sinta querida e amparada.

Outra informação relevante é que atender ao desejo de comer morango com creme de milho ou adiar aquele pedido de pastel de camarão feito no meio da noite não causará nenhum dano ao bebê ou à gestante. Nenhum alimento interfere nas características da criança. Esse é apenas um dos mitos sobre alimentação na gravidez.

Mas, um conselho: para evitar uma gestante reclamando a noite toda e impedindo que o futuro papai durma, é melhor fazer um esforço e sair em busca de uma barraca de pastel no meio da madrugada. E torce para não estar chovendo…