Vacinação: como funciona esta proteção invisível

4 de fevereiro de 2021
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Sarampo, poliomielite e tuberculose. Você sabe a razão para estas e outras doenças não serem mais um problema de saúde para crianças e adultos? Vacinas! Vamos saber mais sobre a importância da vacinação no combate a doenças e como manter sua saúde com apenas uma picada.

Segundo a UNICEF, anualmente, quase dois milhões de crianças em todo o mundo ainda morrem por falta de acesso à vacinas. Devido ao custo da administração,  escassez nos sistemas de saúde, deficiências no setor saúde nos governos e, em alguns casos, conflitos internos, muitas pessoas ficam sem se vacinar.

As vacinas são um recurso que causa impactos positivos na saúde pública. São responsáveis pela erradicação de doenças como sarampo, poliomielite, varíola e rubéola e mais recentemente em campanhas contra a gripe, HPV e hepatite, por exemplo.

Muitas doenças estão sob controle precisamente por causa da vacinação. Quando ocorre queda nas taxas de cobertura – pessoas não vacinadas -, as doenças reaparecem, como aconteceu recentemente com o sarampo em alguns países da Europa e Estados Unidos.

No Brasil, surtos do gênero ainda são pequenos e foi importante a adesão da população em relação à vacinação contra a febre amarela. No entanto, foi registrado, nos últimos anos, uma queda na aplicação de vacinas, ficando abaixo do esperado em pelo menos oito tipos:

  1. Hepatite A;
  2. Rotavírus;
  3. Influenza;
  4. HPV;
  5. Poliomielite;
  6. Pentavalente (que protege contra difteria, tétano, coqueluche, meningite);
  7. BCG (que protege contra a tuberculose) e
  8. Meningocócica C.

Esta queda ocorreu sobretudo, em crianças, com o Ministério da Saúde verificando que um grupo de pessoas vem optando por não imunizar seus filhos, o que fez com que a cobertura vacinal caísse de 98% para 90%, segundo dados do Programa Nacional de Imunização.

Fake-news…
Os motivos pela opção de não-vacinação são boatos de que vacinas trariam reações, tais como danos cerebrais e autismo; por questões ideológicas, religiosas e culturais; e pela resistência à chamada “imposição” da indústria farmacêutica.

Cientificamente falando, esse comportamento antivacina é irresponsável e reforçado por campanhas e disseminação de informações falsas e sem fundamento científico nas redes sociais, como no Facebook, Instagram e WhatsApp.

Pesquisadores afirmam que esses efeitos colaterais não ocorrem e não existe correlação científica entre essas patologias e a vacinação. Isso não significa dizer que não existam efeitos colaterais; no entanto, as chances de se contrair a doença, ao não tomar a vacina, são maiores do que qualquer risco imposto pela dose recebida. E essa é a recomendação científica de décadas de batalha contra doenças que faziam muitas vítimas na população.

Antes de serem disponibilizadas para a população, as vacinas passam por diversas fases de avaliação, que vão do desenvolvimento até a produção e aplicação, quando já foram devidamente submetidas à avaliação e aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Por isso, as vacinas são seguras.

A vacinação é essencial para a prevenção de doenças infecciosas, pois atuam, inclusive, na redução da morbidade. Quem não se vacina fica suscetível, e passa a ser um potencial transmissor para os demais.

Além de não haver riscos à saúde, não tomar a vacina representa um perigo extremamente elevado à saúde pública. Exemplo disso foi a baixa cobertura vacinal no período entre 2017 e 2019 nas cidades de Minas Gerais, que ocasionou uma epidemia de febre amarela e um surto de sarampo na região.

Quando você se vacina, está se protegendo, mas também protegendo as outras pessoas, impedindo que a doença se alastre.

O SUS disponibiliza, de forma gratuita, para todas as pessoas, 21 vacinas para muitas doenças cuja proteção se inicia, ainda, nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida em procedimentos totalmente seguros, que permitem a prevenção, o controle e a eliminação de doenças graves – e muitas vezes mortais – estimulando as defesas naturais do corpo.

Para vacinar, basta comparecer a uma Unidade Básica de Saúde com o cartão de vacinação em mãos. A ausência do cartão não impede a pessoa de receber a vacina.

Toda pessoa pode ser vacinada nas Unidades Básicas de Saúde. Mantenha seu cartão de vacina atualizado. Vacinas salvam vidas!

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